sábado, 21 de agosto de 2010

O GOLPE MILITAR DE 1964

A crise política se arrastava desde a denúncia de Jânio Quadros em 1961.Seu vice era João Goulart, que assumiu a presidência em um clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, a Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale ressaltar que neste período o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Esse estilo populista e de esquerda chegou a gerar até mesmo a preocupação dos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista. 
Os paridos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Goulart de estar planejando um golpe de esquerda e de ser responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, João Goulart prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.
Seis dias depois, em 19 de março de 1964, os conservadores organizaram uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro de São Paulo.
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas. Para evitar uma guerra civil, Goulart deixa o país refugiando-se no Uruguai. 
Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1).Essa, cassou mandatos políticos de opositores ao regime militar e tirou a estabilidade de funcionários públicos.

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